sábado, 15 de novembro de 2008

Casos e Acasos...

Cristiana Oliveira fala sobre fidelidade: “Se quebrar, quebrou. O vaso é de cristal e não tem como colar”

Cristiana Oliveira viverá a ciumenta Bárbara no próximo episódio de Casos e Acasos. A personagem tem ciúmes até da própria sombra e é casada com Chico (Guilherme Fontes), que, apesar de fiel, morre de medo da esposa. No dia do aniversário de casamento, os dois marcam um almoço, mas, no meio do caminho, Chico ajuda uma senhora a carregar umas sacolas e, sem querer, mancha sua blusa com batom. E agora? Será que Bárbara acreditaria nessa história? E você? Dê sua opinião através dos comentários!

Com 20 anos de carreira, Cristiana Oliveira acumula grandes trabalhos em novela, no teatro e como modelo. Ao falar sobre a personagem do episódio, a atriz diz que ciúme zeloso é saudável, conta como agiria numa situação de ciúme exagerado e reflete sobre traição. Na gravação, Cristiana estava acompanhada de seu companheiro, o ator e estudante de direção Kallel Oliveira, com quem mantém um relacionamento há três anos. “Ele era meu professor e coreógrafo e a gente se apaixonou”, revelou a atriz com um grande sorriso. Confira a entrevista!

Você concorda com a teoria de que um pouquinho de ciúme faz bem para um relacionamento?
“Acho que todo mundo que gosta tem um ciuminho saudável. Um pouquinho de ciúmes faz bem. Um ciúme saudável, de quem gosta e zela pelo outro, é gostoso. Eu gosto que meu marido tenha ciúmes de mim e gosto de ter dele, porque a gente se sente cuidada, é natural”.

Como você explica o ciúme exagerado?
“O ciúme exagerado pode ter várias explicações. Ou a pessoa é extremamente insegura, ou trai. Ela acha que o outro trai, mas na verdade quem trai é ela. Além disso, tem pessoas que acreditam numa fantasia. Acreditam muito mais no que a mente produz do que nos fatos em si. Essas pessoas projetam histórias e acham que o marido vai fazer aquilo, mas ele pode não fazer absolutamente nada, tornando a situação engraçada. Acho que a Bárbara, especificamente, é muito insegura e é o tipo de pessoa que cria milhões de fantasias provavelmente por causa das amigas. Porque ela ouve uma história de traição e exporta pra vida pessoal com o marido, que na verdade é super fiel”. Você acha que o ciúme tem influência da sociedade? “Essa situação é muito complexa. Acho que isso não ocorre somente por influência da sociedade, mas por uma causa mais interna. Depende muito da personalidade da pessoa. Se ela é mais tranqüila, ou mais influenciável”.

Como você lidaria com uma situação dessas de ciúmes exagerado?
“Com muita conversa, sem escândalo, sem baixaria e com calma. Tentaria tranqüilizar a pessoa de que ela não tem a necessidade de ser insegura”.

Você é daquelas pessoas que não põem a mão no fogo por ninguém?
“Não sei. Esse também é um assunto muito complexo. Não é que eu não acredite em fidelidade, mas eu acho que tem momentos na vida de um casal em que pode existir a possibilidade de um ou outro se sentir atraído por uma outra pessoa. Eu não quero saber, não me interessa. Eu acredito na pessoa que está do meu lado e até o fim eu vou acreditar que essa pessoa é leal a mim. Mas, se quebrar, quebrou. O vaso é de cristal e não tem como colar. Mas também não fico me iludindo, achando que isso nunca acontece. Tá na cara que acontece. A pessoa tem que estar comigo porque quer e porque gosta. Ninguém tem que estar com alguém por obrigação ou presa a questões financeiras. A fidelidade é uma coisa que vem junto, não é racional. Você olha para a pessoa e gosta tanto dela, ama tanto, está tão feliz com ela, que não sente necessidade de trair. Não digo olhar, porque olhar você sempre vai olhar. O mundo está cheio de pessoas bonitas. Isso não quer dizer absolutamente nada. Se a pessoa for desleal, tem que chegar e dizer a verdade. Por mais que doa, eu acho que a verdade tem que prevalecer numa relação”.

Para você, quem é mais cuimento: o homem ou a mulher?
“A mulher tende a ser mais ciumenta, porque o homem é naturalmente mais livre. Ele tem uma coisa de individualidade, de sair com os amigos. A mulher não foi criada para isso, dependendo da geração. Apesar de a mulher estar trabalhando mais, não ser mais só dona de casa, ela ainda é mais ciumenta. Não digo ciúme de outra mulher, mas de o marido dar atenção para outra situação”.

O que você está achando de gravar Casos e Acasos?
“É sempre um barato. Em março eu gravei um com o Maurício Mattar. Normalmente eu contraceno com atores que eu já conheço há muitos anos. Conheço o Guilherme Fontes há quase 30 anos. Estou sempre revendo os meus colegas e é sempre uma farra. Pena que é uma coisa esporádica”.

Qual a sua relação com a comédia?
“Eu já fiz comédia no teatro e na televisão, mas não sou aquela atriz cômica. Eu tenho que trabalhar a comédia, saber o tempo dela. É um trabalho mais técnico e não uma coisa natural, mas eu adoro. Tem gente é naturalmente engraçado. Eu gosto da comédia que tem situações como essas, em que você não precisa fazer absolutamente força alguma, porque a situação simplesmente vem. Comédia é muito perigosa por causa disso. A gente não pode tentar ser engraçado em hipótese alguma. A gente tem que fazer com veracidade a situação ser engraçada”.

Quais são seus projetos para o futuro?
“Estou produzindo uma peça que vai estrear no ano que vem, chamada Uma relação delicada. Estou produzindo e vou atuar. Então estou nesses trâmites de produção, que são complicados”.


Fonte:
http://tvglobo.casoseacasos.globo.com/novidadess/2008/11/12/cristiana-oliveira-fala-sobre-fidelidade-“se-quebrar-quebrou-o-vaso-e-de-cristal-e-nao-tem-como-colar”/

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